sexta-feira, maio 27, 2011

A tentativa de calar quem mais atua com o povo


Coube a uma sessão parlamentar votar a favor ou contra a existência do diploma para os jornalistas. Já começa errado por ai. Qual a experiência que esses parlamentares tem para julgar se é necessário ou não alguma coisa? Principalmente quando se trata de noticia, pois o que mais se vê hoje em dia nas páginas dos jornais impressos ou mesmo pela internet são os nossos caros políticos, que volta e meia estão envolvidos em escândalos.

Dia 17 de Julho de 2009 foi á data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela queda do diploma. Do total de 11 parlamentares, 8 foram a favor de que não fosse obrigatório, 1 contra, e 2 faltaram a sessão. E entre eles o ministro Gilmar Mendes, com um currículo invejável por qualquer presidiário, acrescentou em seu voto o seguinte: “O decreto-lei 972/69 que regulamenta a profissão foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime”. 

Eu não precisaria comentar absolutamente nada sobre o que foi dito pelo excelentíssimo ministro, pois qualquer pessoa em sã consciência notaria o quão absurdo foi á declaração.  Se o período da ditadura virou parâmetro para designar quem deve ou não ser jornalista e o diploma só vem a confirmar isso, o que dizer de todos os profissionais desaparecidos de 64 em diante? O que dizer do companheiro Vladimir Herzog que foi assassinado dentro do quartel do DROPS, quando ele apenas fazia o seu trabalho? Um comentário bem infeliz, pra não dizer outra coisa.

A não obrigatoriedade do diploma de jornalismo serviu como um desestimulante aos que aspiravam ingressar em alguma universidade, e com toda certeza colocou em xeque até mesmo os que acabaram entrando para o mundo acadêmico, e sem contar o senso comum de que com isso até um açougueiro (Não desmerecendo a sua profissão, apenas fazendo um paralelo) que não tem estudo pode tornar-se um jornalista.
Essa medida veio para tentar frear a influência que os veículos de informação exercem sobre o grande público em termos de dialética, levando a noticia até suas casas. É uma forma de desmoralizar a profissão para que as pessoas deixem de acreditar no que esta escrito, e passem a tomar como verdade a “voz dos honestos políticos”. 

Se a ditadura virou pauta para quebrar o diploma, por que então dessa tentativa de censurar os profissionais em jornalismo? A resposta é... Interesse.

Interesse em manipular e veicular só o que convém aos partidários, para que não percam prestigio com o povo. Então tenham em mente que o jornalista tem a missão de publicar somente a verdade, claro que alguns dedos podres existem nas redações, mas a maioria exerce um trabalho sério, e por respeito a esses profissionais e visando cessar a censura imposta pelo parlamentares, o diploma deve e sempre será válido.

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