Negação ao óbvio.

Vai começar o espetáculo da vida, um dos maiores programas socio-educativos do planeta vai ao ar, o grandioso Big Brother Brasil.  Sim, foi uma piada.

Sai ano entra ano e o programa com maior audiência da televisão segue firme, mesmo tendo o seu fim varias vezes posto em questão, o contrato é sempre renovado, pois a arrecadação do dinheiro é absurdamente alta. O prêmio de 1 milhão de reais não é nada, pois na primeira votação esse valor é quadruplicado e convertido para a emissora que transmite e organiza o reality show.

O que consigo tirar de conclusão desse programa é que as pessoas que veem, querem aquela vida cheias de fantasias, onde adrenalina, medo e alegria se unem varias vezes, sem precisar se preocupar com problemas externos. Mas tudo aquilo não passa de uma realidade meramente fictícia.

Aqueles rapazes e moças são tratados como verdadeiros heróis nacionais, intitulado pelo próprio apresentador do programa, e que  cai como uma luva nas mentes dos telespectadores, que ficam maravilhados com o alto teor de cultura que é exalado no horário nobre.

Tudo isso pode se resumir a sociedade do espetáculo, um livro escrito pelo Frances Guy Debord que retrata que todos estão em busca do espetáculo, e o veiculo de informação que proporciona isso com sobra é a televisão, tudo tem que ser um show para atrair o publico, e o Big Brother extrapola todas as barreiras, e é vivido intensamente pelos seus espectadores.

Não estou dizendo que é errado assistir este tipo de programa, fica a critério de cada um, o que não pode ser feito é um envolvimento de tal maneira que possa ser traduzido para a vida que cada um leva, ou seja, tentar trazer o que o programa passa que na maior parte é lixo, para o seu cotidiano. Assim esta adquirindo a famosa alienação que tanto interessa para os grandes veículos de informação, por que é só colocar no mercado que tudo será vendido de forma exorbitante e com louvor.

Quero que alguém atire a primeira pedra e mencione o que se pode trazer desse programa para a sua vida? Qual a cultura que ele passa? Qual a mensagem positiva que ele transmite? Se é que tem alguma, respondam para si mesmos essas perguntas. E a conclusão deve ser apenas uma.

Não podemos cair na tentação do que não existe, devemos ter ciência do que estamos consumindo, e o mau produto tem que ser tirado de nossas listas. O julgamento cabe a cada um, mas só há uma solução viável para esse imbróglio. A escolha é sua.